sábado, 17 de janeiro de 2009

Recordação- "E o que mais dói é viver num corpo que é um sepulcro que nos aprisiona"


Este trabalho foi feito para artes plásticas, com a prof Rute Rosas cujo o tema seria o corpo multissensorial; foi-nos dada uma lista de palavras que tinhamos de escolher, e minha escolhida foi Recordação. A partir dessa palavra teríamos de fazer um trabalho. Recordação é uma palavra pessoal, o próprio sentido da palavra remete a lembranças individuais do passado a que nós só temos acesso, e que mais ninguém as partilha . (a palavra memória é que é uma lembrança do passado tida por várias pessoas).
Olhando para o meu passado, deparei-me com uma recordação marcante, (a mais marcante de todas as outras), sendo esta a perda de um ente querido.
Decidi fazer um trabalho sobre essa recordação forte, e que iria escolher recordações que tinha sobre essa mesma pessoa.
A materialização das recordações foi feita com influência da Frida Kahlo, a minha artista favorita.
Baseei-me na frase dela : "E o que mais dói é viver num corpo que é um sepulcro que nos aprisiona" e numa referência dolorosa para a ela: o uso dos coletes.
Assim fiz os meus próprios coletes de gesso.
















Colete de sal grosso e saquinhos pequenos com água, simbolizam as lágrimas salgadas.






Colete de chocolate negro por fora e côco por dentro






Colete de espelhos quebrados; símbolo de que essa recordação é uma imagem fragmentada, e já não é muito nítida
Colete de Flores- amarelo porque simboliza a minha infância




3 comentários:

  1. adorei a ideia.

    axo k este trabalho tem uma qualidade muita boa e o resultado é bastante agradavel.

    parabens*

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  2. Eu vi este trabalho ao vivo.
    Lembro-me que estavam, os quatro, pousados no chão, ao lado de um sofá. Perguntei a quem me acompanhava o seu significado, contaram-me apenas a história de um chocolate. Lembro-me de também ter perguntado o nome do autor, disseram-me apenas que tinha sido uma rapariga.

    Agora sei.
    E é como se eles se juntassem num só, porque ainda que o "apenas" tenha sido a resposta incompleta às minhas duas perguntas, a história de um chocolate ficou. E é no chocolate que penso.

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