segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pensamentos

Disseram-me que não sabia desenhar, pintar, fotografar, filmar. Então com base nestas imperfeições decidi que o erro seria o meu objectivo de trabalho.
Quem ousa agora dizer que o meu trabalho está mal feito?
É assim porque eu quero, não porque está mal!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

domingo, 9 de agosto de 2009

ST Culterra 2009 - Melting Pot

























































Melting Pot:
Baixo: Ana Aresta
Teclas: Tiago Varela
Guitarra: Diogo (Lolly)
Bateria: Quim Amaro
Vocalista: Rebecca Moradalizadeh

... Experiência memorável...





quarta-feira, 29 de julho de 2009

The Broken Column

Agora sim, sinto-me uma verdadeira Frida.

''Eu vou mal e irei pior ainda, mas aprendo pouco a pouco a ser só, e isso já é alguma coisa, uma vantagem, um pequeno triunfo.'' F.K


Parece que o sofrimento me ama de verdade, nunca me abandona, tem sido o meu fiel companheiro de todos estes anos.


domingo, 1 de março de 2009

o ser humano e a sua frustação

O objectivo deste trabalho era falarmos sobre o ser humano.
Eu escolhi este tema "a frustação" porque é algo muito evidente no ser humano.
Depois também associei a mim mesma. Eu quando era mais nova tive aulas de música, e tocava piano. E o meu problema era o nervosismo sempre que actuava em público. Nunca toquei uma peça em condições; enganava-me sempre. Ainda hoje falar diante de pessoas "assusta- me " .
Portanto eu usei o tema Moonlight Sonata de Beethoven, pois é uma música muito marcante e de certa forma frustante.
No vídeo a ideia é eu entrar em palco e tocar essa música, mas sem um público. Como se fosse algo imaginário. Mas mesmo assim os nervos são muitos e engano-me repetidamente. Isso pode ser visto como algo frustante para a pessoa em causa.
Como falho muito, eu saio a meio da música e começa a dar a música original, e há uma tentativa de suicídio, que depois é repensada e não é finalizada.
Isto já não é nada pessoal, nunca tive essa ideia em mente, mas poderá ser a frustação de muitos que realmente vivem para aquilo e lhes poderá acontecer isso.
Para este trabalho tive de pedir ao director do museu Abade Pedrosa, para fazer as filmagens e poder utilizar o piano que lá estava.
Na 1ª parte do trabalho as filmagens foram feitas pela minha amiga Vânia, e as restantes foram feitas por mim, assim como a montagem também.


sábado, 17 de janeiro de 2009

Recordação- "E o que mais dói é viver num corpo que é um sepulcro que nos aprisiona"


Este trabalho foi feito para artes plásticas, com a prof Rute Rosas cujo o tema seria o corpo multissensorial; foi-nos dada uma lista de palavras que tinhamos de escolher, e minha escolhida foi Recordação. A partir dessa palavra teríamos de fazer um trabalho. Recordação é uma palavra pessoal, o próprio sentido da palavra remete a lembranças individuais do passado a que nós só temos acesso, e que mais ninguém as partilha . (a palavra memória é que é uma lembrança do passado tida por várias pessoas).
Olhando para o meu passado, deparei-me com uma recordação marcante, (a mais marcante de todas as outras), sendo esta a perda de um ente querido.
Decidi fazer um trabalho sobre essa recordação forte, e que iria escolher recordações que tinha sobre essa mesma pessoa.
A materialização das recordações foi feita com influência da Frida Kahlo, a minha artista favorita.
Baseei-me na frase dela : "E o que mais dói é viver num corpo que é um sepulcro que nos aprisiona" e numa referência dolorosa para a ela: o uso dos coletes.
Assim fiz os meus próprios coletes de gesso.
















Colete de sal grosso e saquinhos pequenos com água, simbolizam as lágrimas salgadas.






Colete de chocolate negro por fora e côco por dentro






Colete de espelhos quebrados; símbolo de que essa recordação é uma imagem fragmentada, e já não é muito nítida
Colete de Flores- amarelo porque simboliza a minha infância




sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Artes plásticas- O corpo sonoro






No início da apresentação da proposta “corpo sonoro”, como esta me interessou, comecei a estruturar algumas ideias para um suposto trabalho. Daí ter apresentado a minha ideia na primeira aula deste bloco.
Tudo surgiu com uma possível associação, relativas às minhas noções quase básicas que tivera sobre música. Essas noções incidiam-se num instrumento, o piano; formação musical, ligada aos estudos do som, ritmos, tonalidades, melodias, isto é, a estruturação de um produto musical; noções de outros instrumentos, flauta, xilofones, tambores (etc.) e por fim canto coral.
O que mais me interessou foi o estudo de ritmos, baseando-me portanto nas minhas aulas de formação musical. Recordei-me de uma das aulas, em que a professora, nos apresentou uma peça respectiva apenas a ritmos, em que o objectivo seria tocarmos com palmas e com as mãos batendo num suporte (mesa); a peça tem um andamento de 4por 4, (em termos musicais, cada compasso contém 4 tempos em que a base é a semínima), a meio da peça o andamento muda para 6 por 8 (tempos mais rápidos); divide-se em dois grupos, tendo de pelo menos ter duas pessoas a tocar; é uma peça não muito difícil, contem ritmos simples, como 2 colcheias, seminimas, mínimas, 4 colcheias, semi-colcheias, duínas, tercinas, galopes, sincopas, 2 semicolcheias mais uma colcheia, pausas de seminima, de mínima e de colcheia, (etc.); em cada grupo denota-se uma outra linha divisória, que separa os ritmos realizados com palmas, e os que são batidos na mesa, respectivamente, os de cima, e os de baixo.
Nas aulas, ensaiamos os dois grupos, para termos conhecimento das mesmas, e depois uníamos as partes, fazendo um todo.
Eventualmente ter-nos-ia sido proposto apresentar em público esta peça, o que penso não ter sido concretizável, em que a professora tinha-nos referido vagamente, que seria “engraçado”, fazer algo que apenas realçasse as mãos, o elemento fulcral da peça.

Com esta importante base já pré-estabelecida, pensei que poderia concretizar o que não teria sido feito na altura em questão; depois estruturando melhor a ideia, tendo em conta a ideia da professora, para conseguir realçar as mãos, poderia utilizar luz negra, num espaço escuro, e tendo de pintar as mãos com tinta fluorescente.
Iria assim, utilizar um suporte de vídeo para registar essa acção. Em primeiro, tinha pensado tocar os dois grupos, tendo depois de unir as mesmas para criar uma única imagem; depois do vídeo realizado, tinha em mente, fazer uma performance, na faculdade, em que iria projectar o vídeo numa parede, e iria encontrar-me no centro de um determinado espaço a tocar a peça, toda vestida de preto e com as mãos pintadas, vendo à minha frente, as pautas também projectadas na parede.
Apresentei a minha proposta, na primeira aula, e recebi uma sugestão do professor, em relação a estas ideias. Esta foi apenas, de realizar o vídeo deixando a performance de lado, pois seria confuso, e teria elementos a mais; deveria cingir-me apenas na ideia inicial, e para a reprodução da peça, deveria ter a colaboração de uma outra pessoa.

Após estes esclarecimentos, tentei organizar o meu trabalho, tendo em primeiro lugar, pedido a colaboração (que foi aceite, sem hesitação), de uma amiga de longa data, Ana Moreira Aresta, que tem conhecimentos musicais muito mais aprofundados de música do que eu, visto que ainda permanece, numa escola de música, sendo assim mais fácil de tocar a peça. Foi também uma grande ajuda em relação à leitura de determinados ritmos, que já não me lembrava, ou que tinha dificuldade em toca-los como por exemplo a sincopa.
O próximo passo, seria arranjar um local para elaborar o trabalho. Recorri a uma tia minha, Lília Machado que tem uma loja de fotografia, cujo espaço possui obviamente um estúdio, todo preto. Para as filmagens, pedi a uma amiga que nos filmasse, Vânia Martins.
O que restava fazer, seria arranjar os pequenos elementos, como a luz negra, e uma tinta fluorescente.
Pedi uma opinião à Patrícia, técnica da FBAUP, em relação à imagem de vídeo.

Marquei um dia, em que todos os membros estariam disponíveis, e fizemos as gravações numa tarde.
Como a peça era longa, decidi toca-la por partes, para que não houvesse um engano, e depois tivesse de filmar de novo todo o processo já feito. Ainda tendo feito por partes, tivemos de repetir, pois enganávamo-nos, os tempos por vezes não coincidiam, ou não acabávamos em condições essas pequenas porções, ou até nos começávamos a rir. Esse aspecto nota-se na montagem do filme.
Finalmente, obtive as filmagens todas, e restava monta-las devidamente no Premiére. Tive de as passar para preto e branco, trabalhando com os contrastes, pois a tinta que utilizei para as mãos era verde, e parecíamos uma espécie de “E.T”.
Depois de ter cortado ao máximo todas as partes, e unindo-as, denotei que vendo as mãos frente a frente, estas para além de transmitirem um som coerente e que se corresponde, os gestos das mãos também se interligam. Parece que tanto o som como a imagem dão uma resposta á outra mão. Uma “fala” a outra responde.
O mais interessante, é também o facto de as mãos aparecerem de um fundo preto, de aparecerem do nada, estando ali a flutuar e a emitir sons; não se vê a mesa em que estamos a bater, apenas o reflexo das mãos na mesma, e dá-nos a sensação que aquele nada onde se bate, apesar de não se ver transmite um som diferente do das palmas. Filmaram-se vários planos das mãos, jogando talvez com certo ritmo, notam-se saltos de planos diferentes.

Ao montar então o vídeo, tive uma segunda ideia, à qual não tinha mencionado ao professor, tendo portando arriscado, sendo esta a realização de uma outra montagem, feita com partes das filmagens, que iriam “representar” os ritmos da peça. Tentei jogar o máximo possível, fazendo estas ligações, mas nessa montagem nota-se que algumas das imagens não correspondem de todo ao ritmo dado.
Por fim a ideia era juntar estas “4 mãos”, num só vídeo estando assim lado a lado, em que uma tem o vídeo normal, e do outro plano os ritmos de imagens.






Ocidente X Oriente- "A comunicação e a não comunicação de uma forma comunicativa"




















Para esta proposta, decidi desenvolver uma ideia de um trabalho pessoal. Este trabalho tem como tema a posição da mulher no Ocidente e Orientem sendo, uma influência da fotógrafa iraniana Shirin Neshat.
Envolvi-me neste tipo de trabalho, devido à curiosidade tida pelas minhas origens, pertencentes também às duas culturas (sendo portuguesa por parte da minha mãe e iraniana por parte do meu pai).
Utilizo também como meio, a fotografia a preto e branco por criar maior impacto, em que costumo criar altos contrastes de luz /sombra. Dentro do mesmo tema já considerei o tema das religiões, e ultimamente a posição social da mulher (pois também é um tema que me interessa bastante, talvez por ser do sexo feminino).
Com o conceito de arte e comunicação, lembrei-me que o tema da mulher poderia ser uma hipótese de trabalho. Claro que o conceito é um pouco diferente, não é referente a comunicação de telecomunicações; aqui o comunicar refere-se a um ser humano, o que ele próprio nos transmite no seu meio social.
A mulher nas duas culturas sofreu por várias transformações e evoluções, mas talvez mais no Ocidente, uma vez que no geral o pensamento em relação à mesma não é tão retrógado (excluindo alguns casos), podendo esta comunicar mais livremente, podendo se exprimir, enquanto que no Oriente em alguns países a arte de comunicar por parte das mulheres é mais reprimida.
Aqui coloca-se o paradoxo Comunicação – Não Comunicação.
O meu trabalho vai ser de certa forma informar esse paradoxo,e vai ser utilizado um meio de comunicação visual, a fotografia, podendo eu afimar que o tema do meu trabalho é "A comunicação e a não comunicação de uma forma comunicativa".
Para este trabalho pesquisei muita teoria sobre o tema, tanto na internet, como também através de um livro que já tinha lido "O harém e o Ocidente" de Fatema Mernissi, e também me ajudou um pouco a animação "Persepolis" de Marjane Satrapi.
Os tópicos para a base das minhas fotografias foram as seguintes :

Comunicação: - a mulher ocidental desde que obteve igualdade, liberdade e direitos, teve o poder da comunicação nas mãos;
- pode-se exprimir : falar, opinar, evidenciar na sociedade;
- pode pensar e pode revelar o que pensa sem ser punida;
- as fotos são mais provocantes (liberdade de se vestir como quer);
- pode fumar livremente em espaço público (apesar de não ser fumadora, achei que o deveria representar);
- a mulher ocidental comunica com o corpo e mente;
- "o sorriso pode ser tão revelador como o olhar"; existem vários tipos de sorrisos que exprimem sentimentos diferentes:
"Europeus- sorriso malicioso e divertido; espanto/choque"
"Americanos- sorriso embaraçoso genuíno e franco (vergonha)"
Estas expressões foram retiradas do livro que li, como resposta ao tema Harém, uma vez que estes sorrisos que se falam são reacções de jornalistas em relação ao facto da autora ter sido criada num harém;

Não- comunicação: - a mulher no Oriente é mais reprimida; em alguns países é isenta de direitos, liberdade, igualdade próprias;
- permanece calada, sem se exprimir; a sua comunicação é nula;
- o seu pensamento, é-nos comunicado pelo silêncio;
-existe medo; esconde-se pela burka, chador;
- as fotografias deverão ser tapadas com lenço, símbolo dos seus véus;
- realçar os olhos;
- lenço a tapar bruscamente a boca, sinal de silêncio absoluto;
- a mulher oriental comunica com os olhos: "os olhos são a grande porta de entrada para a alma" Fatema Mernissi;
- uma boa táctica : mulher baixa o olhar, para que os homens nunca podessem ler os seus pensamentos.

Através destes parâmetros desenvolvi a série fotográfica, sendo eu a protagonista das fotos; eu faço questão de ser eu a ser retratada, uma vez que só assim penso conseguir transmitir a minha ideia, encenando à minha maneira;